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O papel da Vitamina D no combate à Covid-19

O papel da Vitamina D no combate à Covid-19
A pandemia global de Covid-19 entrou nas nossas vidas de rompante e, com ela, propagou-se uma onda de desinformação, mitos, rumores e medos.

O medo e a desinformação podem levar a comportamentos negligentes e inconsequentes na saúde. Hoje, mais do que nunca, temos de saber distinguir o que é informação verdadeira e falsa, dentro do mundo gigantesco da internet.

Paralelamente a esses mitos alimentados pelas redes sociais, os investigadores começaram a obter descobertas preliminares sobre a eficácia da vitamina D na prevenção do coronavírus, sendo que pessoas com níveis baixos de vitamina D estão mais suscetíveis à infeção e a desenvolver sintomas graves, com consequentemente maior tempo de hospitalização.

Mas no meio da onda do que seria ou não verdade, quando esta notícia se espalhou foi recebida com hesitação. Hoje sabemos que não só está correta como será, de facto, um fator de saúde a ter em conta, para que o indivíduo esteja mais protegido contra o vírus SARS-CoV-2.

A Vitamina-D é uma hormona, mas conhecida como uma vitamina – tem um papel fundamental na nossa saúde imunitária e combate à inflamação.

Os seus inúmeros efeitos no organismo têm que ver com a forma como as hormonas atuam para influenciar as vias metabólicas e a expressão de inúmeros genes. Ao contrário das vitaminas que são obtidas pela alimentação e suplementação e, são substâncias determinantes para a saúde, mas que não podem ser produzidas pelo próprio corpo, a vitamina D é produzida no corpo através da exposição ao sol.

É conhecida como a vitamina do sol, porque o nosso corpo é incrível, e a fabrica quando a luz do sol penetra na nossa pele. O nosso corpo absorve a luz solar usando colesterol, que ajuda a converter a luz solar numa forma ativa de vitamina D que seu corpo pode usar.

No entanto, não pense que, como acabamos de sair do Verão e entrar no Outuno, deve descuidar o seu aporte diário de vitamina D, para fortalecer o seu sistema imunitário.

2 em cada 3 portugueses tem défice de Vitamina D


E porque pedimos a sua atenção para esta informação vital? Porque, hoje, também sabemos que 2 em cada 3 portugueses tem défice de vitamina D! Mesmo durante o Verão, pouco mais de metade dos portugueses consegue atingir valores normais de vitamina D, segundo divulgou recentemente um estudo que analisou a carência de vitamina D na globalidade da população portuguesa adulta (publicado na revista científica Archives of Osteoporosis).

À primeira vista pode parecer estranho, já que somos um país à beira-mar plantado e com sol o ano inteiro. O que provoca então este défice?

Um estudo realizado este ano, 2021, por investigadores da Faculdade de Ciências de Medicina do Porto e do Instituto Gulbenkian da Ciência, e com a coordenação do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa, concluiu que a população portuguesa tem uma prevalência superior à média europeia de algumas alterações genéticas que levam a uma predisposição para o défice de vitamina D.

A zona do hemisfério em que nos encontramos será igualmente um fator para o défice desta vitamina, bem como o caso de durante todo o Inverno, a maioria de nós, não estar exposta entre 20 a 30 minutos diários ao sol, entre pernas e braços, de modo a ter uma superfície grande do corpo capaz de absorver a tão desejada Vitamina D.

Quais as fontes de vitamina D?


A melhor fonte de vitamina D: é o Sol. O nosso corpo absorve vitamina D, quando expomos a pele à luz solar direta. Esta pode ser ainda encontrada em alimentos como óleo de fígado de bacalhau, salmão selvagem, sardinhas e outros peixes gordos, e em menores quantidades em camarões, leite de vaca (para quem não é sensível ou eliminar quando se está doente), cogumelos, e gema de ovo.

Mas quer saber uma curiosidade? Para ingerirmos vitamina D em níveis suficientes, teríamos que comer três latas de sardinha, beber entre dez e vinte copos de leite enriquecido, cinquenta a cem gemas de ovo, ou 200 gr de salmão selvagem ao jantar, diariamente.

Sendo que a vitamina D produzida na pele dura duas vezes mais no sangue do que aquela que é ingerida através da alimentação.

Existem ainda algumas razões pelas quais algumas pessoas podem ter uma deficiência de Vitamina D, por má absorção que requerem um tratamento e atenção especial:

    • Síndromes de má absorção de gordura



    • Doença celíaca



    • Doença de crohn



    • Insuficiência renal



    • Raquitismo



    • Distúrbios convulsivos (epilepsia)



    • Insuficiência hepática



    • Fibrose quística


Então e a ligação entre o défice de Vitamina D e a COVID-19?

Sabemos que a A Vitamina D tem um papel importantíssimo na imunidade e, por isso, na nossa saúde. Um indivíduo com deficiência de vitamina D está, no geral, mais suscetível a infeções.

O mesmo estudo levado a cabo em Portugal mostrou ainda que “pessoas com níveis muito baixos de vitamina D apresentam uma resposta demasiado agressiva à covid-19, que leva a formas mais graves da doença, levando na sua grande maioria à morte“ O projeto, intitulado Vitacov, visou avaliar entre Agosto de 2020 e Janeiro de 2021, 517 doentes admitidos nas urgências dos hospitais de Santa Maria (em Lisboa) e São João (no Porto).

Conceição Calhau, da Faculdade de Ciências Médicas e investigadora do projeto, explicou ainda, em entrevistas: “Os benefícios da vitamina D em contexto respiratório estão já bem descritos, por interferir diretamente na replicação vírica, mas também em ações imunomoduladoras e anti-inflamatórias. (…) no modelo animal de síndrome de doença respiratória aguda já foi demonstrado que o pré-tratamento com vitamina D diminuía a permeabilidade pulmonar, alterando a atividade do sistema renina-angiotensina e a expressão de ECA2″.

O National Institute for Health and Care Excellence (NICE), em colaboração com a Public Health England e o Scientific Advisory Committee on Nutrition, têm igualmente realizado diversos estudos sobre vitamina D e COVID-19 para monitorar evidências emergentes. Os estudos a nível mundial continuam a dar-nos dados da importância da suplementação de vitamina D, mas, entretanto, por exemplo, o governo do Reino Unido decidiu suplementar com vitamina D durante os meses de inverno a população mais vulnerável.

Nesses vários estudos, foi demonstrada uma correlação entre a vitamina D e COVID-19 sugerindo que:

A deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de contrair COVID-19.

Níveis baixos de vitamina D podem piorar a gravidade da doença COVID-19 (8) e aumentar o risco de admissão nos cuidados intensivos e entubação.

A suplementação de vitamina D pode reduzir o risco de internamento nos cuidados intensivos.

A suplementação de vitamina D, tomada regularmente durante o ano anterior ou após o diagnóstico de COVID-19, melhorou a sobrevivência entre pacientes idosos hospitalizados com COVID-19.

Pacientes com COVID-19 assintomáticos ou levemente sintomáticos que receberam suplementação de vitamina D, em doses altas num curto período de tempo estavam negativos ao SARS-CoV-2 PCR no 21 dia de infeção, e com níveis mais baixos de um marcador inflamatório, o fibrinogénio.

Mas A vitamina D não é benéfica apenas para COVID-19. Vamos dar uma olhadela em alguns dos outros motivos muito importantes pelos quais todos – adultos e crianças, precisam de vitamina D AGORA:

A vitamina D pode proteger contra a gripe e outras doenças respiratórias de inverno

A vitamina D reduz o risco de desenvolver asma em crianças

A vitamina D otimiza o desenvolvimento do cérebro

A vitamina D ajuda a combater a ansiedade / depressão

A vitamina D melhora a atenção / foco

A vitamina D promove um sono saudável

A vitamina D previne a osteoporose

A vitamina D previne o cancro de mama, próstata, cólon, ovário e pâncreas

A vitamina D diminui a inflamação

A vitamina D é uma parte integral na função imunológica em doenças autoimunes artrite reumatóide, lúpus, esclerose múltipla, diabetes tipo 1, tiroidite de hashimoto

Por isso, da próxima vez que for ao médico, peça-lhe para incluir nos seus exames clínicos de rotina a análise à Vitamina D 25-hidroxi-vitamina D3, também chamado 25 (OH) D. Esta é a fórmula circulante de vitamina D que o fígado produz e que depois é ativada pelos rins, ou seja é a forma “ativa” de vitamina D.

Se não fizermos análises habitualmente, não conseguimos saber o valor e grau de défice que temos no nosso organismo. E mesmo que estejamos a fazer suplementação de Vitamina D, esta pode não estar a ser suficiente. Lembre-se que é um ser único, e que a dose deve ser adequada às suas necessidades individuais. É considerado um valor ótimo entre 50 e 80 ng/ml.

Lembrar também que quando se suplementa com vitamina D, é fundamental ter em contra alguns nutrientes como a Vitamina B2, Ferro e Magnésio.

Devo suplementar com vitamina D durante quanto tempo?


É recomendado tomar um suplemento de vitamina D durante toda a época de gripes e constipações e possível temporada de COVID-19, que pode durar, com base na progressão lógica das infeções por coronavírus, até o próximo ano, e sempre que os seus níveis estejam deficitários.

Como qualquer suplemento, e como tudo na vida, o seu tratamento deve ser personalizado. Informe-se junto de um profissional de Saúde, especialista em Medicina Natural Integrativa sobre a dose diária adequada a si.